Jair Bolsonaro (PL) deverá ser preso até outubro de 2025, segundo avaliação de advogados que atuam na defesa de réus envolvidos na suposta tentativa de golpe de Estado liderada pelo ex-presidente. A previsão também é compartilhada por aliados próximos do ex-mandatário e até mesmo por familiares, que já trabalham com esse cenário como uma possibilidade concreta.

De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o cronograma judicial caminha para uma conclusão rápida. Os interrogatórios dos oito investigados considerados integrantes do núcleo central da trama golpista foram encerrados na terça-feira, 10.

A partir de agora, os advogados têm cinco dias para solicitar novas diligências — o que será feito. Na semana seguinte, caberá ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), despachar sobre os pedidos.

A expectativa geral entre os juristas é que Moraes, como tem feito em decisões anteriores, rejeite os requerimentos apresentados. Na sequência, será aberto um prazo de 15 dias para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente suas alegações finais, possivelmente defendendo a condenação de Bolsonaro.

Depois disso, será a vez do tenente-coronel Mauro Cid, delator no processo, e dos advogados de Bolsonaro, que terão outros 15 dias para apresentar suas argumentações finais. Com isso, o processo deve ser concluído entre julho e agosto.

Mesmo sem prazo legal fixado para elaborar o relatório final, a expectativa entre advogados é de que Alexandre de Moraes o conclua em agosto, marcando o julgamento em seguida.

A condenação de Bolsonaro é esperada para setembro, com a apresentação de embargos pelos advogados de defesa logo em seguida. Segundo os mesmos cálculos, Moraes rejeitará a maioria dos recursos, abrindo caminho para a prisão do ex-presidente em outubro de 2025.

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