“Ipasgo opera em déficit que é coberto pelo governo de Goiás” diz presidente da entidade

29 maio 2025 às 19h22

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O presidente do Ipasgo Saúde, Bruno Magalhães D´Abadia, explicou que a entidade opera em déficit mensal que, hoje, está entre 21 e 23 milhões de reais. Bruno afirmou, ao Jornal Opção, que o governo de Goiás realiza aportes para cobrir o déficit. Esse aporte, no entanto, só no que compete em relação aos servidores do estado.
“O governo faz o aporte em relação ao déficit gerado pelos servidores do estado, que é metade do Ipasgo. Mas o Ipasgo atende mais de 100 municípios e demais poderes. O governo tem um limite que pode aportar, já que o orçamento público é restrito”, disse.
O presidente relata que a entidade busca ter responsabilidade e compromisso para que o déficit seja o menor possível. Segundo ele, o Ipasgo busca remunerar justamente os prestadores e prestar o serviço adequado aos beneficiários. Além disso, existe um desafio para conciliar a restrição financeira com a demanda crescente dos beneficiários e a defasagem com os prestadores, o que chamou de um “problema de três corpos” ou “três equações simultâneas”.
O presidente afirmou, também, que existem estudos de inteligência assistencial em curso para atingir a sustentabilidade financeira e reduzir o déficit. “Parte desses estudos devem gerar economia para que possamos direcionar para o reajuste da tabela. Buscamos trazer racionalidade para grandes rubricas nas despesas para que as consultas possam ser valorizadas”.
As estratégias para otimizar recursos e diminuir o custo per capita incluem celebrar contratos específicos para áreas de alta despesa como tratamento de transtorno do espectro autista, medicamentos oncológicos, consultas psiquiátricas e psicológicas, em vez de depender apenas de credenciamento. Além disso, existe uma busca por ferramentas de inteligência artificial para análise de custo assistencial e referências no mercado para encontrar práticas que aumentem a cobertura sem elevar custos.
Os novos planos do Ipasgo são considerados sustentáveis por não gerar déficit ou lucro, já que a entidade se tornou uma SSA sem fins lucrativos. Os planos antigos, por outro lado, geram déficit. Mesmo sendo sustentáveis, os novos planos são mais baratos do que a maioria dos planos comerciais em Goiás e no DF.
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