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Alego Ex-deputado Investigado Justiça PC TJ

A Justiça autorizou o pedido de quebra do sigilo bancário e fiscal, além dos dados estáticos de geolocalização de dispositivo (celular smartphone) do ex-deputado estadual, Thiago Albernaz (Solidariedade). O político é investigado por crimes de racharinha, lavagem de dinheiro, organização criminosa e peculato.

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Os crimes teriam sido praticados durante o mandato de Thiago (2018 a 2022), de acordo com investigação conduzida pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap). Além do ex-parlamentar, a corporação também mira 21 assessores e comissionados da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) lotados ou com ligação ao gabinete do então parlamentar. 

Entre os investigados está Evando Magal Abadia Correia Silva Filho, herdeiro do ex-prefeito de Caldas Novas, Evandro Magal. A decisão do juiz Alessandro Pereira Pacheco, da 2ª Vara Estadual de Repressão ao Crime Organizado e à Lavagem de Capitais do Estado de Goiás, acatou o pedido do delegado Pedro Trajano, que ajuizou o pedido de quebra de sigilo no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ) em novembro de 2022. 

O delegado alegou que era necessário o aprofundamento das apurações para elucidar o crime. Como não foi reeleito nas eleições de 2022, Thiago perdeu o foro privilegiado, o que fez com que a Subprocuradoria Geral de Justiça acolhesse a manifestação da Polícia Civil (PC). 

Na decisão, o juiz entendeu que as medidas são necessárias para entender o papel de cada investigado no esquema, sendo o “único instrumento verdadeiramente eficaz para a futura desarticulação econômico-financeira do grupo criminoso ora em questão, caso ainda esteja atuando com outros deputados”.

O Jornal Opção entrou em contato com o ex-parlamentar para que se posicionasse, mas não obteve retorno. Em nota, o Evandro Magal Filho informou que não foi ouvido no referido processo e que não há denúncia, imputação criminal ou medida judicial contra ele. Em relação a investigação, o suspeito informou que é “natural que o trabalho de todos os servidores lotados no gabinete seja analisado” (veja nota completa abaixo).

Nota na íntegra de Evandro Magal Filho

“Em relação ao processo que investiga o ex-deputado estadual, esclareço que, à época dos fatos, exerci a função de servidor lotado no gabinete parlamentar investigado. Como é de conhecimento público, todos os servidores vinculados àquela estrutura foram incluídos no escopo da apuração conduzida pelos órgãos competentes.

Contudo, é importante destacar que não existe qualquer indício de prática delituosa por minha parte. Sempre atuei no serviço público com ética, responsabilidade e absoluta retidão, princípios que pautaram minha conduta durante todo o período em que estive na Assembleia Legislativa.

Reitero que, até o presente momento, não fui ouvido no referido processo, tampouco há contra mim qualquer denúncia, imputação criminal ou medida judicial. Ressalto, ainda, que não tive meus sigilos bancário ou fiscal quebrados em nenhuma etapa da investigação.

Tenho plena confiança na Justiça e compreendo que, diante da amplitude da apuração, é natural que o trabalho de todos os servidores lotados no gabinete seja analisado. Reafirmo, por fim, que me coloco à inteira disposição do Poder Judiciário e das autoridades competentes para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários. e aguarda retorno”.