O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza como “genocídio”. Lula também afirmou que o governo israelense precisa “parar com o vitimismo”. A fala ocorreu durante entrevista no Palácio do Planalto.

Lula foi questionado sobre uma nota da nota da Embaixada de Israel no Brasil, que afirmou, sem citar o presidente, que autoridades ao redor do mundo “compram mentiras” do Hamas sobre o conflito no Oriente Médio.

“[Israel] vem dizer que é antissemitismo. Precisa parar com esse vitimismo. Precisa parar com esse vitismo e saber o seguinte: o que está acontecendo na Faixa de Gaza é o um genocídio. É a morte de mulheres e crianças que não estão participando da guerra”, afirmou Lula.

O presidente também disse que não cabe a um presidente da República responder a uma embaixada e reiterou que considera os ataques de Israel um “massacre” contra mulheres e crianças palestinas.

“Um presidente da República não responde a uma embaixada. O presidente da República reafirma o que disse: o que está acontecendo em Gaza não é uma guerra, é um exército matando mulheres e crianças”, disse.

“Exatamente por conta do que o povo judeu sofreu na sua história que o governo de Israel deveria ter bom senso e humanismo no trato com o povo palestino. Eles se comportam como se o povo palestino fossem cidadãos de segunda classe”, completou o petista.

“Possivelmente, todas as pessoas de bom senso no mundo, inclusive gente do povo de Israel, e vocês devem ter lido uma carta do ex-primeiro-ministro de Israel [Ehud Olmert] criticando, [dizendo] que não é mais uma guerra, que é um genocídio. Vocês já viram carta de mil militares denunciando que isso não é mais guerra, é genocídio. Você não pode, a pretexto de encontrar alguém, matar mulheres e crianças”.

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