Trump acusa Putin de “brincar com fogo” e Rússia reage com fala em 3ª Guerra Mundial

27 maio 2025 às 18h20

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a subir o tom contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin, nesta terça-feira, 27. Em uma publicação nas redes sociais, Trump afirmou que Putin está “brincando com fogo”, sugerindo que ações mais graves poderiam ser tomadas contra Moscou.
“O que Vladimir Putin não entende é que, se não fosse por mim, muitas coisas realmente ruins já teriam acontecido com a Rússia — e quero dizer REALMENTE RUINS. Ele está brincando com fogo!”, escreveu Trump.
A resposta do Kremlin veio rapidamente. Dmitry Medvedev, ex-presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, reagiu às declarações com uma ameaça direta:
“Eu só conheço uma coisa realmente ruim — a Terceira Guerra Mundial. Espero que Trump entenda isso!”, afirmou Medvedev, também pelas redes sociais.
Tensões aumentam após maior bombardeio russo desde o início da guerra na Ucrânia
A troca de ameaças entre Trump e autoridades russas ocorre em meio à intensificação dos ataques da Rússia contra a Ucrânia. No último fim de semana, o conflito registrou os maiores bombardeios aéreos em mais de três anos de guerra.
No domingo, 25, 367 drones e mísseis foram lançados pela Rússia contra o território ucraniano. No dia seguinte, 355 drones foram usados, no maior ataque com esse tipo de armamento desde o início da invasão.
Após o ataque de domingo, Trump já havia chamado Putin de “louco” e sugerido que algo mudou no comportamento do presidente russo. Em abril, Trump também havia pedido publicamente para que Putin “parasse” os ataques, em referência a um bombardeio em Kiev, capital da Ucrânia.
Apesar de alegar que conseguiria encerrar o conflito “em 24 horas”, Trump tem enfrentado dificuldades para avançar nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia.
Rússia acusa Ucrânia e Europa de provocação
Ainda nesta terça, o governo russo acusou a Ucrânia de tentar provocar uma escalada militar com o objetivo de envolver diretamente os países europeus no conflito. Moscou alega que os recentes bombardeios ucranianos em território russo são “provocações” e justificam os ataques em larga escala contra a Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o fornecimento de armas por países europeus representa uma “participação indireta” da Europa na guerra.
“A Europa participa de forma indireta, com o fornecimento contínuo de armamentos — os mais diversos sistemas de armas e munições — e isso constitui uma participação indireta na guerra contra a Rússia”, declarou Peskov.
Recentemente, aliados ocidentais da Ucrânia aumentaram o apoio militar a Kiev. Segundo o chanceler alemão Friedrich Merz, países europeus autorizaram o uso de mísseis de longo alcance por parte da Ucrânia para atingir alvos em território russo. EUA e Reino Unido também haviam dado sinal verde, em 2024, para o uso limitado desse tipo de armamento.
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